O TP é um teste que avalia a via extrínseca e a via comum da coagulação, ou seja, os fatores VII, X, V, II e o fibrinogênio. Assim, o tempo de protrombina estará aumentado em casos de deficiência de fibrinogênio e de qualquer um dos fatores das vias em questão. Para avaliação do TP é necessário a harmonização dos resultados pela Relação Normatizada Internacional (RNI), sendo este o resultado mais recomendado para ser utilizado em pacientes em uso de antagonistas da vitamina K (ex varfarina).
O TTPa corresponde ao tempo gasto para ocorrer a coagulação do plasma em presença de um ativador. O TTPa estará aumentado quando o paciente tiver deficiência de fatores da via intrínseca, fatores XII, XI, IX e VIII, e da via comum, X, V, II e fibrinogênio. O que ocorre em pacientes com hemofilias, em uso de heparina não fracionada e anticoagulantes orais diretos (dabigatrana, rivaroxabana, apixabana e edoxabana, nestes casos o alargamento do TTPa e diretamente relacionado ao momento da tomada da droga e da sensibilidade de cada cefalina aos diferentes anticoagulantes orais diretos).
Os painéis moleculares sindrômico são testes capazes de detectar vários patógenos de forma simultânea, a partir de uma única amostra. Após os sintomas e suspeita clínica do diagnóstico é possível realizar um painel e avaliar se esta amostra contem material genético de bactérias, vírus, fungos e até alguns genes de resistência.
Importante observar que seguindo exigências de alguns planos de saúde, as solicitações médicas precisam vir como TP – atividade de protrombina e TTPa – tempo de tromboplastina parcial ativada, e não coagulograma.
Os exames supracitados servem para avaliar a presença de todos os fatores envolvidos na coagulação sanguínea e, consequentemente, a hemostasia, esta corresponde aos processos intravasculares que têm como objetivo manter o sangue fluido de modo a evitar a formação de coágulos ou a hemorragia.
Assim, os exames TP e TTPa podem estar indicados na avaliação do risco cirúrgico, mas também podem ser solicitados pelo médico para investigar a causa de doenças hemorrágicas.
Importante salientar que a solicitação de exames tais como: Tempo de Coagulação (Lee-White) e Tempo de Sangria (Duke) é altamente desencorajada, devido à sua baixa ou nula correlação com desfecho clínico dos pacientes. Não existe comprovação científica robusta na literatura que sustentem a necessidade de solicitar o tempo de sangria ou o tempo de coagulação em nenhuma situação clínica, recomendamos sempre a solicitação do TP, TTPa e a contagem de plaquetas como exames iniciais para a avaliação da hemostasia (em algumas situações a dosagem do fibrinogênio também deve fazer parte da avaliação inicial).